segunda-feira, 10 de março de 2008

FANTASIAS SEXUAIS, ATE ONDE IR?


Ao final de algum tempo (podem ser anos, não importa), elas acabam surgindo. E em uma certa noite, um dos dois, ainda que tímidamente, solta a pontinha de uma delas... e o outro aceita, incentiva, provoca.
Por quê surgem? Qual seu impacto (positivo ou negativo, no "todo" de um relacionamento)? Até onde devem seguir com e em "segurança"? Qual o momento em que devem ser interrompidas ou que seria aconselhável tentar a sua realização? Isto acontece com TODOS os casais? Com a maioria? Apenas com alguns mais liberais e menos preconceituosos, mais "calientes" ou apenas com os mais ou menos "cabeça"? São elas um sinal que a rotina finalmente penetrou na relação? Serão motivadas pelo surgimento de desejos reais pelo convívio ou atração por terceiras pessoas? Ou serão um recurso do sub-consciente na tentativa de "incrementar" ou "salvar" a relação?"

Esta questão não é simples. Quando Sue Johanson esteve no Brasil na entrevista a Marilia Gabriela ela afirma que é importante que fantasiemos ao fazer sexo, que é a coisa mais natural e deve ser estimulada.
Este é um ponto delicado e talvez não seja fácil escrever a respeito e ser entendida.
Acredito que a fantasia faz parte da nossa vida sexual, nosso imaginário é repleto de fantasias, conscientes ou não. Vem de nossas memórias mais arcaicas. Na cama somos muitos, além do casal, as figuras parentais estariam ali presentes, numa verdadeira suruba imaginária. OK. Tudo no mundo imaginário.
Sue falava de fantasias com Richard Gere, por exemplo, ela o citou como uma boa fantasia sexual que ela usou muitas vezes. Será este o caminho?
Aqui eu discordo, no encontro de um casal, seja homoerótico ou hetero, eu acredito que é um encontro acima de tudo sensorial. É preciso olhar, cheirar, tocar, beijar o outro, aquele que está ali, não o outro que está na imaginação, é preciso sentir prazer em ser tocada, beijada por esta pessoa, gostar de tocá-la, beijá-la...sentir prazer, desejar que o outro tenha prazer, e nesta entrega, encontrar o caminho do gozo.
Acho esta colocação de Sue sobre fantasiar equivocada, você deve descobrir em você o que te dá prazer, evitar o que te dá desprazer, e sentir, sentir o toque na pele, sentir a sua mão tocando o outro, o caminho é este. Muitos de nós não sabem tocar no outro, e se entregam ao sexo apressadamente. Mas, se acontecer de alguma fantasia te perseguir, tudo bem, mas que não vire um exercício constante, seria um buraco sem fundo.
Um casal que fantasia com o casal vizinho, por exemplo, este pode ser um jogo amoroso deles, mas se um dia vierem a realizar a fantasia numa relação, será que se sentirá bem quando encontrá-los no elevador no dia seguinte? ai está a complicação, fantasiar é uma coisa, levar às vias de fato é outra bem diferente. Mas se este casal só consegue fazer "amor", sexo, imaginando outras figuras entre eles, não sei se não seria a hora de repensar esta relação, as relações não duram para sempre, sabemos disso.
Há outro tipo de fantasia que é de jogos eróticos entre o casal, fetiches de todo tipo, se não há impedimento de uma das partes, acredito que cada casal deve decidir, um jogo entre quatro paredes que não lesa ninguém, entra quem quer, não é?

Há um livro “O orgasmo múltiplo do homem” da Ed. Objetiva, é muito bom, ele traz este assunto até esgotar, é escrito por médicos e um excelente manual sobre o sexo, ele fala de orgasmos múltiplos, você não precisa ler em busca de sexo tântrico, apenas como um bom livro sobre sexo.
Tenho certeza que se você se concentrar no sexo, no que está sentindo, vai encontrar prazer.
Eu não vou esgotar estas questões aqui, mas quero deixar este canal aberto para que possamos trocar idéias.

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©2007 '' Por Elke di Barros