terça-feira, 18 de março de 2008

O FANTASMA DA EX DELE


Por que algumas pessoas não conseguem se livrar do fantasma do ex e se envolver novamente?
Existem pessoas que realmente se apoderam de nossos corações. Pessoas que depositamos nossa confiança e que, em conseqüência disso, criamos algumas expectativas. Chamamos essa pessoa de namorado(a) e desfilamos com ela por aí, como se levássemos um troféu pela conquista.
Tudo parece um conto de fadas, até que rola aquele papo de que “nada é para sempre”. Então ele(a) resolve te abandonar de uma hora para outra e, enfim, acontece o inimaginável: a separação.
Para superar o trauma, tentamos eliminar de nosso pensamento esta pessoa que, até então, era tratada como um príncipe. Entretanto, muita gente simplesmente não consegue desencanar e partir pra outra e convive com o fantasma do ex assombrando permanentemente. Soou familiar? Pois é, qualquer semelhança não é mera coincidência.
Se o trecho acima faz muito sentido pra você, pode, pelo menos em um ponto, ficar tranqüila(o): todo mundo passa por isso. E, se viver a situação é algo muito difícil, assumir é muito mais difícil ainda.Afinal, ninguém assume que acredita em fantasmas!
Esse é o caso de Keite Bueno, hoje com 25 anos. “Um dia me encantei por um cara feio, gordo e que se achava. Eu tinha vergonha de dizer que eu estava caída por ele, até que não agüente mais e me rendi aos seus encantos. Eu tinha 15 anos. Foi um relacionamento bastante tumultuado e de muitos altos e baixos, mas eu não me importava e me submetia a fazer qualquer coisa e a viver qualquer situação só para ficar perto dele. Até que um dia eu cansei. Com 20 anos tinha perdido toda a minha adolescência ao lado de uma pessoa que nunca me valorizou e que eu sempre amei. Foi quando eu dei um basta; quase morri, emagreci 13 quilos.... fiquei acabada. Quatro anos se passaram e ele ainda se faz presente na minha vida. No ano passado, ele terminou com sua namorada e me procurou, estamos sempre tendo um “casinho”, mas meu coração continua amando com a mesma intensidade de antigamente.”
Keite conta que em meio a esses quatro anos que ficou sofrendo de longe, engravidou de um outro romance, que ela teve só pra fazer ciúmes por seu “ex”. “Para provocá-lo, comecei a namorar um garoto e três meses depois fiquei grávida. Todo o momento eu me perguntava por que ela não era filha do meu ex e sim de um cara que caiu de pára-quedas na minha vida e que eu só fiquei com ele por provocação.”
Se você acha que assombração de ex é exclusividade das garotas, está enganado. Nelson Santos Zanin Junior, 25 anos, também tem a sua história.“Namorei por quase sete anos contando todo o período que nos conhecemos. Começou na faculdade e namoramos por quase dois anos. Nos separamos por 1 ano e 9 meses, mas sempre nos encontrávamos para um “flash back” . Depois desse período, voltamos a namorar, mas vivíamos brigando. Nos separamos por mais duas vezes e depois decidimos que, desta vez, seria para valer. Chegamos a ficar noivos por mais de um ano e acabamos nos separando novamente.”
Nelson está há apenas três meses longe da ex e confessa que ainda não superou a separação e acha que vão acabar voltando mais uma vez. As histórias podem ser horripilantes, mas será que os fantasmas são tão maldosos assim?
Fabiana Campos, 24 , foi um fantasma na vida de seu namorado, que nunca se conformou com a separação. “Me senti uma verdadeira gasparzinha! Fiquei mal por saber que não poderia mais corresponder às expectativas dele. É uma pessoa que gosto muito e acredito ter deixado um vazio por muito tempo, dificultando novos relacionamentos”, conta Fabiana, que terminou seu namoro há cerca de dois anos.
Segundo a psicóloga Tatiana Vicente, é preciso ficar muito atentos aos sinais da “gasparzisse” pois, em estágios mais avançados, essa “ encanação” pode se transformar em depressão. “Todas as pessoas têm um tempo para o processo de perda. Consideramos isso similar ao luto. É importante encarar como uma fase que passou e deixou coisas boas. O que geralmente acontece é que as pessoas se prendem aos momentos que viveram com o outro e não conseguem se livrar deles. Outras se perdem em meio ao relacionamento de tal forma que não distinguem quem é quem. E o rompimento, portanto, não é processado”, afirma a psicóloga que ainda sugere uma forma saudável de contornar essa situação:
“Conversar com os pais sobre o problema ou com um amigo mais velho. Alguém que nos conheça bem e que nos ajude a passar por esse outro processo que é crescer”, finaliza Tatiana.
Além das dicas da Dra. Tatiana, sair para a balada, ficar mais perto dos amigos e familiares enquanto o coração estiver vulnerável é uma ótima saída.Fique atenta também para outros seres do “além”, como aqueles que não querem nada com a gente e que ficam só nos enrolando. Esse também é um tipo de fantasma. Xô assombração

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©2007 '' Por Elke di Barros